Resenha | A Casa do Penhasco


Quem é a autora que só perde para a Biblía e para Sherlock Holmes em vendas? Agatha Christie, claro. Essa linda que nasceu em 1890 e escreveu mais de oitenta (!) livros e peças, Stephen King aprendeu com ela.

Como parte do Óptica Literária, eu li, além de Social Killers, A Casa do Penhasco, um clássico de mistério da Agatha Christie (tem algum livro dela que não seja um clássico?). A temática adotada em janeiro foi mistério ou suspense.

Esse é mais um caso resolvido pelo mais famoso detetive do universo criado por Christie, e ele cai nesse caso meio que sem querer. De férias em um hotel nas montanhas ele conhece por acaso a bela mademoiselle Nick, que, ele logo percebe, tem um estranho furo em seu chapéu. Segundo ela, fora feito por uma abelha. Poirot logo percebe que não é bem isso, o furo, na verdade, foi feito pela trajetória de uma bala.


Nick, ao perceber que era mesmo um furo feito por uma bala, conta a Poirot que vários "acidentes" têm ocorrido à sua pessoa nos últimos dias, e como o bom detetive que é Poirot sente que tem algo a mais nesses acidentes.




Logo ele se vê em uma rede de pistas que não o levam a lugar algum, e uma lista com vários suspeitos. Entre os suspeitos, amigos, familiares, empregados e moradores da casa de aluguel de Nick.

Segundo ela, ela já havia sofrido quatro atentados, primeiro, ao ir nadar, uma pedra rolara em sua direção, depois, em seu quarto, um quadro enorme caíra quase em cima dela, em outra ocasião, ao pegar o carro, o freio não funcionou, e por último, a história do chapéu. Por pura sorte, ela escapou ilesa de todos os acidentes.

A história é narrada pelos olhos de Hastings, velho conhecido de Poirot, eu amei isso, por que em vários momentos ele faz comentários muito engraçados envolvendo o famoso detetive. Durante a leitura é impossível não se lembrar da clássica dupla: gordo e magro das comédias pastelão (mesmo eles não sendo esse tipo de dupla). Além de Hastings, Poirot conta com a ajuda de outros conhecidos, que provavelmente já apareceram em outras historias, o que é muito inteligente, pois forma um gancho perfeito para a leitura de outras obras da Rainha do Suspense.

Esse foi o primeiro livro que li da Agatha Christie, e já posso dizer que sou fã dela. Ao longo do livro ela dá várias pistas de quem possa ser o assassino e em alguns momentos, quando achei que tinha descoberto quem era, ela muda totalmente o rumo do enredo e o suspeito se torna outro, até que nas páginas finais acontece um plot twist e o leitor não consegue acreditar que a verdade é aquela. Ainda havia várias pontas soltas, mas quando eu pensei que seriam esquecidas, lá vem a Agatha lacrando com as palavras.

O livro foi adaptado por Clive Exton para a televisão em 1990 como parte da série Agatha Christie's Poirot (1989 - 2013), e conta com nomes como David Suchet e Hugh Fraser no elenco.

Essa resenha faz parte do projeto Óptica Literária - Um encontro de Visões

- Matheus Kunst

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