Olá, amores. Tudo bom com vocês?
Hoje eu trago para vocês uma entrevista co um autor muito bacana. Venha conferir, espero que gostem.
Olá,
A. Wood. Tudo bem?
Bom,
primeiro queria dizer que é um enorme prazer realizar esta entrevista com você.
Fico muito feliz em poder fazer essas perguntas para o autor que escreveu um
dos meus livros favoritos. Muito obrigado por aceitar o convite.
Bom,
vamos às perguntas. Primeiro, queria saber um pouco mais de você, então estas
primeiras perguntas são mais pessoais, se não se importar de respondê-las,
claro.
Book Bus: Quem é Vinicius Fernandes?
R:
É mais um louco corajoso o suficiente para se aventurar nessa batalha árdua que
é ser escritor rs. Tenho 24 anos, moro em São Paulo e sonho, um dia, poder
viver de literatura.
Book Bus: Você faz, é formado ou pretende
iniciar uma faculdade?
R:
Sou formado em tradução e interpretação, tenho pós-graduação em língua inglesa
e trabalho como professor de inglês.
Book Bus: Além do nosso lindo Hobbie que é a leitura, o que mais gosta
de fazer nas horas vagas?
R:
Eu gosto muito de ver séries e filmes. Amo cinema e adoro viajar, só falta
tempo e dinheiro para investir mais nesse hobbies rs.
Book Bus: Quem é a pessoa que você mais admira?
Por quê?
R:
Admiro muito a J.K. Rowling. Não só pelo trabalho dela como escritora, mas como
pessoa. A história de vida dela, até onde sei, é muito inspiradora. Ela saiu do
0 – vivendo com a ajuda do governo – e com o livro que criou, conseguiu subir
na vida. E mesmo depois disso, não deixou que o dinheiro subisse à cabeça. Ela
é uma inspiração de vida para mim.
Bom,
já o conheço melhor agora, já podemos falar sobre sua carreira?
Book Bus: Acho que toda entrevista com autor tem
como regra essa pergunta, pode ser meio clichê, mas acho necessária. Quando
surgiu a vontade de escrever?
R:
Quando eu tinha uns 10 a 12 anos, gostava muito de desenhar. Então surgiu a
ideia de criar uma história em quadrinhos. Comecei a fazer as revistinhas
contando a história de um garoto chamado Breno, que, misteriosamente, se
transformava em uma espécie de “coruja-humana”. Depois de algum tempo, cansei
de desenhar (haha) e escrevi a história do Breno, o que levou três livros para
finalizá-la. Nunca publiquei essa trilogia, mas ela serviu como um ótimo treino
para que eu melhorasse meu modo de escrever.
Book Bus: O que considera hoje, a maior
dificuldade para um escritor?
R:
Ser reconhecido, principalmente na nossa realidade brasileira. Temos muitos
escritores ótimos no nosso país que são ofuscados pelos estrangeiros. Todos têm
qualidades, sejam brasileiros ou não, mas os nacionais não são muito
valorizados. Um escritor precisa muito do apoio dos leitores. Falo isso por
experiência própria: me sinto mais forte como escritor quando vejo o carinho
dos leitores ao comentarem o livro comigo, ao compartilharem posts, indicarem
minhas obras. O que precisamos é ser divulgados e valorizados pelo tempo e
dedicação investidos no trabalho.
Book Bus: Conhecendo o cenário atual, dos
autores brasileiros e seu espaço na literatura, o que acha que poderia
melhorar, para que os novos autores brasileiros tenham mais espaço?
R:
É basicamente o que disse acima, precisamos que os leitores nos aceitem. Um
escritor só se mantém enquanto tem leitores. Precisamos que as pessoas nos deem
uma chance, conheçam nosso trabalho e vejam por eles mesmos que também somos
bons!
Book Bus: Porque decidiu usar um pseudônimo?
R:
Exatamente por essa questão de “preconceito” contra nacionais. Um nome
brasileiro na capa talvez repelisse alguns leitores pelo simples fato de ser do
Brasil. Então, desse modo, um leitor olharia para o meu livro sem saber da
minha nacionalidade e, caso gostasse da história, perceberia que brasileiros
também escrevem.
Vamos
agora para as perguntas sobre sua obra prima.
Book Bus: Como surgiu a história de Graham?
R:
“Graham” surgiu em uma viagem de intercâmbio. Sempre gostei de histórias com vampiros,
e a ideia surgiu enquanto eu estava na Florida, nos EUA. Lá, comecei a escrever
os primeiros rascunhos e depois demorei mais um ano para desenvolver o resto da
trama.
Book Bus: Gostei muito do fato de os
protagonistas serem gays. E caso não fossem, o livro seria ótimo de qualquer
forma. Mas, você quis passar algo, colocando personagens gays ou você não teve
a intenção?
R:
Primeiro, quis inovar ao colocar um protagonista gay em uma história
sobrenatural, que não girasse em torno da sexualidade da personagem. Também os
inseri na história porque a vida é assim. LGBTs fazem parte da sociedade, então
por que eles não deveriam aparecer representados como realmente são na
literatura?
Book Bus: Conta aí, qual o segredo? Hahaha!
Conforme eu falei na resenha do livro, eu simplesmente me apaixonei pelos
personagens, você criou personalidades incríveis e em um livro só, eu acumulei
três Crushs literários. Esses
personagens foram inspirados em pessoas reais?
R:
Para ser sincero, não sei o segredo haha. Eu coloquei muito sentimento na trama
de “Graham”. Me envolvi tanto com as personagens que chegou um momento que eles
ganharam vida e a história começou a andar sozinha, eu apenas a traduzi
colocando-a no papel. Talvez essa imersão seja o que emociona tanto os leitores
quanto a mim.
Book Bus: Também comentei lá na resenha, sobre o
fato de você ter fugido do clichê e usar as características clássicas dos
vampiros. Foi sua intenção, fugir do clichê?
R:
Tentei usar o mínimo de clichês possíveis. Vampiros é um tema muito explorado,
então tentei inovar ao inserir um protagonista e resgatar os vampiros
clássicos, que são os que mais me encantam haha. Além disso, criei uma nova
origem para eles.
Book Bus: E para finalizar, deixe um recado para
os leitores.
R:
Gostaria de agradecer a todos os leitores que leram meu livro e até mesmo os
que ainda querem ler. São vocês que me dão forças para continuar escrevendo.
Amo quando me procuram para conversar do livro, então sintam-se livres para
isso. Ah, e espero que leiam meu novo trabalho, “O Véu Entre Mundos”, que já
está disponível no site da editora Selo Jovem. Um beijo!
Muito
obrigado pela entrevista. Foi um prazer enorme conhecê-lo melhor. Espero em
breve, ter o privilégio de ler outras obras suas. Um grande abraço e até mais.
Espero que tenham gostado.
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Beijos e Abraços!
- Ágno
Oi, Ágno!
ResponderExcluirVi sua resenha do livro e amei a proposta desse livro! Estou louca para ler.
Ainda não conhecia o autor, mas já desejo muito sucesso a ele. Adoro post de entrevistas, pois dá para conhecermos melhor o autor.
Beijos,
entreoculoselivros.blogspot.com
Oi, Thay!
ExcluirLeia mesmo, é um ótimo livro.
Fico feliz por ter gostado. beijoss!!!
Otimas perguntas e acho muito interessante fazermos "entrevistas" com autores, é sempre bom, conhece-los um pouquinho mais, principalmente autores nacionais, que a maioria das pessoas desconhece!!!
ResponderExcluirOne
Obrigado, One.
ExcluirConcordo com você. Bjos!!
Adoro quando vejo um post de entrevistas com autores, conhecer um pouco mais do mundo deles é incrível. Amei as perguntas. 👏
ResponderExcluirÉ sim. Obrigado. Beijoss!!!
Excluir"Primeiro, quis inovar ao colocar um protagonista gay em uma história sobrenatural, que não girasse em torno da sexualidade da personagem. Também os inseri na história porque a vida é assim. LGBTs fazem parte da sociedade, então por que eles não deveriam aparecer representados como realmente são na literatura?" ADOREIIII ESSA RESPOSTA!! Não tinha parado pra pensar, mas é muito raro ver um livro com um personagem gay que não esteja falando somente sobre a sexualidade dele mesmo. E quero saber onde ele se formou em Tradução e Interpretação pois: QUERO hahaha.
ResponderExcluirAh, e realmente precisamos valorizar mais os nacionais. Não posso ser hipócrita aqui e dizer que leio muitos, pois não leio, mas tive uma experiência ótima com o livro Eu Vejo Kate e agora quero outros!! Não perdeu em nada para os estrangeiros. Precisamos ficar atentos a isso. A sacada dele de colocar o pseudônimo foi muito boa mesmo, espero que esteja funcionando haha.
Adorei a entrevista Agno.
Beijos!!
ourbravenewblog.weebly.com
Quando vi essa resposta dele fiquei impressionado. Sempre vemos as pessoas querendo mostrar para a sociedade que os gays estão por todo lado, como qualquer outra pessoa. Mas o Vinícius já passou dessa fase e eu amei isso. Haha!
ExcluirEu, graças as parcerias com editoras e autores, estou lendo bastante livros nacionais, e te confesso que estão sendo leituras agradáveis.
Obrigado. Beijoss!!!
Adoro suas entrevistas, continue com elas please. Acho fantastico conhecer as personalidades dos autores, que não tem o reconhecimento merecido pela mida. Digo vemos as mesmas pessoas indo para os mesmo programas, respondendo as mesmas perguntas, e autores? Quase não vão
ResponderExcluirObrigaduu! Verdade, infelizmente os autores tem pouco espaço na mídia. Mas estamos aqui para melhorar isso, não é mesmo??
ExcluirBEIJOSS!!!
Que bacana você dar espaço para autores nacionais, e que entrevista bem feita! Parabéns, e realmente, os nacionais não são tão valorizados. Infelizmente, ele teve de se esconder através de um pseudônimo para que não soubessem que ele era brasileiro e talvez assim, comprassem sem preconceito. Isso é meio triste né?
ResponderExcluirEnfim, espero que consigamos difundir a literatura brasileira e que haja reconhecimento.
Beijos, Carol
Blog com V.
Pois é, Carol. O Povo ainda tem muito preconceito com a literatura nacional. Na verdade estão perdendo muito, pois leio bastante nacional e a cada dia me surpreendo mais com as obras.
ResponderExcluirObrigado pela visita. Feliz por ter gostado. Beijos.
Já vi/li em vários blogs entrevistas com diversos autores, mas essa entrevista e esse autor me deixou de queixo caído com as respostas. O que ele falou em relação aos autores nacionais e o grande preconceito por parte de alguns leitores, é uma verdade muito grande e triste ao mesmo tempo. Amo livros nacionais, a cada livro de autor brasileiro que leio percebo como temos escritores maravilhosos que não são valorizados. Amei a entrevista e as resposta, ambos estão de parabéns. Beijos.
ResponderExcluirhttp://www.livrofilia.com/
Pois é. Infelizmente esse é o nosso cenário atual.
ResponderExcluirObrigado. Beijos!!